A história do atendimento ao portador de necessidades especiais em Naviraí, MS teve seu inicio em 1975, quando foi oferecido um curso para educação especial, em Cuiabá – MT, integrantes da nossa sociedade, tendo conhecimento da existência de excepcionais que sobreviviam à mercê da própria sorte, foram a procura de candidatos para o curso oferecido. A professora Olívia Flora Petreski se interessou e fez o curso. Ao voltar, implantou então uma sala na Escola Marechal Rondon no inicio de 1976, que funcionava como extensão numa sala da serraria Pacola.
Em 1978, a sala especial começou a funcionar normalmente na própria escola com a formação de mais duas salas. Os alunos dessas salas eram de excepcionais educáveis à dependentes, sem haver critérios para seleção dos problemas apresentados.
Mesmo com o funcionamento dessas salas especiais, em 1977, um grupo de pessoas simpatizantes da causa do excepcional reuniram-se com o firme propósito de fundar a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais( APAE) em nossa cidade.
Assim, no dia 06/09/1977 foi eleita a primeira diretoria da APAE, que ficou composta pela presidente: Sra. Helemar Vissoto Barrinuevo, vice-presidente Cleuza Campos Marques da Silva, secretária geral: Olívia Flora Petreski de Siqueira, secretária: Dalva Maria Seraveana. Tesoureira: Enar Plácida Castelli de Souza, 2º tesoureira: Lurdes Golin Pizzatto. Nascia, então, o movimento Apaeano de Naviraí.
A época era de grandes dificuldades, e apesar de varias reuniões e assembléias a luta pelo funcionamento da APAE em seu âmbito real, com toda infra-estrutura ficou só no papel.
No dia 19/06/1986, através do ato de reunião da diretoria da APAE, assume a presidência, o professor Valdomiro Araújo de Souza, quem instalou o CEDEN – Centro de Educação Especial Naviraiense, oferecendo os programas de atendimento: Estimulação essencial, habilitação e reabilitação.
Depois de serem estipulados os critérios da instalação da escola e sabedores do que ela oferecia e solicitaram a participação da comunidade e foram de porta em porta pedindo mesas, cadeiras, até um chá de cozinha para a APAE, no intuito de angariar materiais e assim, colocarem em funcionamento a escola.
No inicio, era um total de 23 alunos, que eram aceitos na entidade, sem passar por nenhuma triagem, pois o único técnico, no começo era o fisioterapeuta que aceitou trabalhar por doação, sem remuneração. Tudo era difícil, as ajudas vinham, mas não eram suficientes e as professoras cedidas precisavam fazer limpeza, trabalho pedagógico e até a merenda escolar.
O tempo passou, outros presidentes vieram com a mesma garra e determinação dos anteriores, até que na gestão da Sra. Lourdes Elerbrock, depois com muita luta, uma luz veio iluminar os anseios de todos que trabalhavam na escola. O casal Euclides Fabris e Iolanda Tomena Fabril doou 3 hectares de terra para que fosse construída a sede oficial da APAE.
Na gestão seguinte, foi conseguido um convênio com o MEC, onde se fez a fundação e o contra piso com o restante do dinheiro veio então a gestão de Dona Lurdes Pizzatto, a frente da presidência que trabalhou muito, juntamente com um grupo de pessoas dinâmicas e arrojadas, determinadas a terminar a construção, que ainda estava no chão! Nesta diretoria estava o Sr. Valdir Sell que não mediu esforços e saiu pedindo dinheiro para comerciantes, fazendeiros... Todos abraçaram a idéia e, assim, receberam um salário mínimo de uns e de outros, tijolos, telhas, cimento, pregos, portas, madeiras, mão- de- obra, enfim pediram tudo e ganharam.
Todo esse sacrifício valeu a pena e no dia 01/03/1996, alunos e funcionários se instalaram no prédio próprio, na rua mato Grosso nº. 1385, tendo então 83 alunos matriculados 15 professores cedidos pela secretaria do estado de educação de MS e duas professoras pagas pela instituição.
Atualmente a escola tem os seguintes profissionais: fisioterapeuta, psicóloga, fonoaudióloga, médica pediatra, professores de educação infantil, fundamental, artes visuais, artes cênicas, educação física, diretora, coordenador além da equipe administrativa, secretária, motorista, cozinheira e auxiliares de serviços diversos.
Hoje os alunos são avaliados com todos os critérios necessários de acordo com a especialidade, de cada técnico, encaminhado para um trabalho sério e eficaz, com professor capacitado.
